A produção de auto-retratos sempre acompanhou a história da arte.
Não são poucas as vezes em que os artistas projetam suas próprias imagens no papel ou na tela, em trabalhos que trazem a marca da auto-reflexão e, por isso, tocam o gênero autobiográfico. Nesses retratos - em que os artistas se vêem e se deixam ver pelo espectador -, de modo geral, o foco está sobre o rosto, quase sempre em primeiro plano. O semblante do retratista/retratado raramente se apresenta em momento de relaxamento ou felicidade. Em geral, a visão do artista sobre si próprio é sombria, angustiada e até mesmo cruel, quando se evidenciam defeitos físicos ou mutilações. O exemplo mais célebre nessa direção é o Auto-Retrato com Orelha Enfaixada, pintado por Vincent van Gogh (1853-1890), em 1888, após uma crise que o leva a cortar o lóbulo da orelha esquerda. Difícil localizar nos auto-retratos algum tom edificante, heróico ou celebrativo. Ao contrário, essas imagens traduzem, pelo registro da expressão, momentos de angústia e introspecção.
As imagem a seguir, são os registros do meu auto-retrato. Usando uma paleta de cores frias, expressões e elementos mórbidos, quis intrigar e inquietar o espectador. Se observar o corpo, o olhar e as mãos ira perceber como elas dizem muito, apostei no drama, confira o resultado:
Realmente me encanta encontrar quem se manifeste de maneira tão singular, simples e ao mesmo tempo tão imponente. É impossível ficar indiferente ao charme e sensualidade das fotos. Me apaixonei pelo seu trabalho. Parabens.
ResponderExcluir